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“Chuva Sólida” pode solucionar um dos maiores desafios agrícolas

20/09/2013

“Chuva Sólida” pode solucionar um dos maiores desafios agrícolas

  • Agência Boa Imprensa

Por Luís Dufaur

\"Profetas\" do Apocalípse Verde - ONU, ONGS e até campanha da CNBB - martelam que a água doce está se tornando escassa e poderá acabar. A culpa é sempre da civilização ocidental, de seus progressos e de seu \"consumismo\". Se chover torrencialmente - e vales, cidades e países forem alagados - a culpa será do aquecimento global provocado pelo homem, e a civilização ocidental a grande responsável.

Também a irrigação sofre do mesmo apriorismo ideológico dos \"verdes\" e de seus acólitos, pois tal recurso conduz - por culpa, segundo eles, do homem ocidental ávido de consumo - a um desperdício de água que provocaria desequilíbrio no planeta. Estes e outros chavões anticivilização são desmentidos ou minimizados ora pela natureza ora pelos avanços tecnológicos.

Ainda há pouco surgiu um produto que pode permitir o cultivo em terras áridas, conforme noticiou a BBC Brasil - http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-23715031 [1]. Ele foi batizado de \'chuva sólida\'. Trata-se de um pó que absorve enorme quantidade de água e que depois a libera aos poucos, permitindo que as plantas sobrevivam durante o período de estiagem.

Esse material super-absorvente é um polímero criado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos nos anos 1970. Bastam 10 gramas dele para absorver um litro de água. Utilizado originariamente na fabricação de fraldas, o químico mexicano Sérgio Jesus Rico Velasco desenvolveu uma versão do polímero que pode ser misturada no solo para reter a água.

A \'chuva sólida\' - como a chamam - é utilizada no México há 10 anos. O governo daquele país concluiu que, com a sua utilização, a colheita poderia ser ampliada em até 300%. Segundo Edwin González, vice-presidente da empresa Chuva Sólida, o produto encapsula a água e pode durar de 8 a 10 anos no solo. A quantidade recomendada é de 50 kg/ha, mas a \'chuva sólida\' ainda é cara. Só que poderá cair de preço se fabricada em escala. Trata-se de um produto natural que não prejudica o solo, inclusive pode ser usado durante vários anos. Não é tóxico e, ao se desintegrar, é assimilado pelas plantas.

Mas nem todos estão convencidos de que a \'chuva sólida\' seja uma solução para a seca. A professora Linda Chalker-Scott, da Universidade do Estado de Washington, critica o produto e recomenda outro, aliás, bem conhecido: lascas de madeira, que produzem o mesmo efeito e é bem mais barato. O responsável pela \'chuva sólida\' afirma que sua empresa recebe milhares de pedidos provenientes de locais áridos, incluindo a Índia e a Austrália, e mesmo do Reino Unido, onde as secas não constituem problema.

Como se vê, o engenho humano pode amenizar ou solucionar problemas que o catastrofismo verde agita e exagera com estardalhaço para indispor a opinião pública contra a vida civilizada no planeta. Na luta entre o bom senso e a ideologia neocomunista, esta última anda sempre à procura de pretextos para ocultar seus sinistros desígnios.

 

 

(*) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM.

Fotos:BBC Londres


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